A 15.ª edição do festival West Coast decorre em Oeiras entre os próximos dias 28 de outubro e 17 de dezembro, estruturando a sua programação de concertos entre recitais de grandes solistas e obras de referência do período Barroco para coro e orquestra. Além dos espaços habituais, como a Capela N. Sra. de Santo Amaro e da Igreja Matriz de Oeiras, este ano inclui também a belíssima igreja barroca de São Romão de Carnaxide, recentemente restaurada, onde decorre o concerto de abertura, e a Igreja de Paço de Arcos, com um concerto-voto para a resolução do conflito na Ucrânia.

A edição de 2022 continua a pontuar pelas estreias, o agrupamento ‘Bach Consort Wien’ que se apresenta pela primeira vez em Portugal, e que abre o festival com a monumental ‘Arte da Fuga’ de Johann Sebastian Bach; um concerto dedicado à música de câmara de Aldrovandini, compositor bolonhês de finais do século dezassete, apresentado pelo Ensemble Archipelago com direcção de Lorenzo Colitto; e ainda a Cantata ‘A Paz na Europa’ de Domingos Bomtempo, ouvida pela primeira vez com instrumentos da época pelo agrupamento ‘Os Músicos do Tejo’.

São retomados também dois concertos que foram adiados da edição de 2021, o primeiro, um recital de canto por Ana Quintans, dedicado às mulheres compositoras de finais do século dezoito; o segundo, um recital de música de câmara dirigido pelo flautista Jörg Fiedler (Basileia) inteiramente dedicado às sonatas para flauta de Antonio Rodil, compositor que fez a sua carreira em Portugal na segunda metade século dezoito. O cravo ocupa neste ano um lugar de destaque com os recitais dos extraordinários de Bruno Procópio (Paris) e Javier Núñez (Sevilha). Para encerrar o festival, será apresentada a famosa e sempre apreciada oratória ‘O Messias’ de Handel, a executar pela orquestra barroca ‘Concerto Ibérico’ e um conjunto de solistas internacionais no dia 17 de dezembro na igreja matriz de Oeiras.

Paralelamente, na vertente de formação, o festival promove a realização de sete masterclasses, de violino e violoncelo barrocos e cravo, com os mais conceituados intérpretes europeus.