TEMPORADA CRUZADA FRANÇA-PORTUGAL - BARROCO ATLÂNTICO

Data

10 ABR 2022 - 15:30

Local

Sé Catedral Castelo Branco, 15H30

BARROCO ATLÂNTICO: A Europa no Barroco Musical de França e Portugal

Concertos de Páscoa 2022

Sé Catedral Castelo Branco, 10 abril, 15H30

 

PROGRAMA

PIERRE BERTON, Chaconne
FRANCISCO ANTÓNIO DE ALMEIDA, Missa em Fá Maior para solistas, coro e orquestra


Flores de Mvsica (Oeiras)  / Stradivaria Ensemble (Nantes)
Jone Martínez,soprano solo
Léopold Laforge, alto solo
Daniel Cuiller e Lorenzo Colitto, concertinos
Dir. João Janeiro



A MAAC – Música Antiga Associação Cultural, o Ensemble Stradivaria e o agrupamento vocal Aria Voce decidiram desenvolver um projeto conjunto a partir do fértil encontro musical entre os seus diretores artísticos. Após 2019, foi possível desenhar um território performativo comum que originou o projecto 'Baroque Atlantique', o qual culmina na apresentação de dois concertos em Portugal no período da Páscoa, e dois concertos em França, no mês de outubro. Este projecto obteve o apoio dos municípios de Castelo Branco, Oeiras e Nantes, bem como a labelização e o co-financiamento da ‘Temporada Cruzada França-Portugal’.

Devido às restrições da pandemia, desde 2020, a execução do projecto foi repetidamente adiada tendo encontrado finalmente o contexto para o seu desenvolvimento, no âmbito das actividades da MAAC enquanto associação apoiada pelos Municípios de Castelo Branco e de Oeiras.

Para a execução do concerto, reúnem-se dois dos melhores agrupamentos musicais Europeus especializados em Música Antiga, Ensemble Stradivaria e Flores de Mvsica, liderados pelos concertinos Daniel Cuiller e Lorenzo Colitto, a Soprano solista Jone Martínez e o Alto  Léopold Laforge, sob a direcção de João Janeiro.


Relativamente ao programa, o concerto abre com a famosa Chaconne de Pierre Breton, a qual era ouvida com frequência nas festas da França setecentista, tendo marcado presença nas Bodas do Conde d'Artois em Versailles, em 1778.

A Missa em Fá Maior de F. A. Almeida para solistas, coro e orquestra, estruturada em dezasseis andamentos, abre com uma sumptuosa abertura para orquestra que flui diretamente para a primeira secção vocal do Kyrie. Após o Gloria, Almeida, surpreendentemente, retira gradualmente instrumentos a cada novo movimento, deixando a secção áurea apenas com a participação das flautas e cordas e coro. Além da supressão de partes, a participação do solista é também limitada após o Credo. No Sanctus, apenas as cordas e o baixo contínuo acompanham as partes vocais, a obra culmina no Agnus Dei, cuja textura se reduz a 4 vozes e órgão. Desta forma, o compositor cria um extraordinário anticlímax retórico de grande efeito. Esta lógica composicional evoca para nós, hoje, a famosa sinfonia de Josef Haydn, conhecida como Les Adieux, tornando esta obra singular no contexto do Barroco tardio. Para além desta característica, as secções solistas têm alguns exemplos realmente pungentes do estilo de composição napolitana, e as secções corais, caracterizam-se pela sua diversidade, desde a escrita homofónica, ao concertado e à fuga.

Programa

10 Abr 2022
15:30 BARROCO ATLÂNTICO: A Europa no Barroco Musical de França e Portugal
Sé Catedral Castelo Branco